5 de fev. de 2014

Flicky



   Atualmente é a era de ouro dos jogos casuais... o fato de "Plants vs Zombies" ter recebido tantos prêmios e o sucesso jogos como "Candy Crush Saga", "Angry Birds" e "Bejeweled" torna bem difícil negar isso. E como todo nicho ou estilo de jogo, existem jogos casuais bons e jogos casuais ruins. Infelizmente a maioria acaba caindo no segundo grupo, na minha opinião.



   Foi com o crescimento da internet que os casual games deslancharam de fato, mas eles já existiam antes, bem antes. Mesmo na época mais hardcore dos videogames, a era dos 8/16 bits, eles já estavam presentes na cena gamer.


   Um exemplo? O primeiro que me vem a cabeça é "Flicky", lançado originalmente em 1991 para o Mega Drive, port de um arcade game bem mais antigo,de 1984. "Flicky" tem todos os elementos que permitem classifica-lo como um casual game: gameplay e jogabilidade simples (direcional controla direção que o personagem anda. qualquer botão faz ele saltar. Só isso); fases curtas; cenários simples. No geral é mais adequado para jogadas rápidas, sem compromisso.




História e objetivos do jogo


   A história do jogo é bem simples... Flicky, um pássaro azul que não voa mas que salta até bem, deve salvar vários pintinhos, coletivamente nomeados Chirp, enquanto é perseguido pelo gato listrado Tiger e pelo lagarto Iggy por um cenário que lembra um apartamento com decoração de jardim de infância ou um descanso de tela do windows dos anos 90.

   Flicky deve apanhar todos os Chirp espalhados pelo cenário e guiá-los em segurança para uma prota escrito "EXIT". Para auxiliá-lo a se livrar de Tiger e Iggy, o passarinho azul pode apanhar e arremessar vários itens encontrados pelos cenários (martelos, vasos, canecas, etc). Ao serem acertados, Tiger ou Iggy desaparecem, podendo aleatoriamente deixar um diamante no lugar (que vale uma quantidade também aleatória de pontos). Contudo o sossego dura pouco, já que espalhadas pelo cenário existem algumas gaiolas de onde saem novos Tiger e Iggy para substituir os derrotados, de forma contínua e infinita. A cada duas fases, há um pequeno mini-game como bônus, onde Flircky tem que apanhar Chirps em queda livre com um rede.


   O jogo acaba quando o pequeno emplumado perde todas as vidas. E como se perde uma vida? Sempre que Flicky é apanhado por Tiger ou Iggy, obviamente! Flicky então faz uma pequena cena de choro e todos os Chirps que tinha apanhado ficam espalhados pelo cenário (sendo que os Chirps com óculos escuros vão ficar correndo alucinadamente pelo cenário como se não houvesse um amanhã). Mais vidas podem ser conseguidas devido a pontuação, mas não existe Continue nesse jogo. A vida era dura para pequenos pássaros azuis nos anos 90, não?


* Bônus secreto! 



The Bikini Girl: Se você conseguir a façanha de completar os primeiros 10 rounds do jogo em menos de 20 segundos, ao mesmo tempo conseguindo Perfect Bonus em todas as fases- isto é, levando todos os Chirps para a saída de uma vez só- a Bikini Girl aparecerá em uma das janelas e você ganhará 10000 pontos. A Bikini Girl aparecerá de novo nas fases 18 e 34, sob as mesmas circunstâncias.



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Gráficos, música e efeitos sonoros


   Os gráficos não são ruins. Os personagens são bem desenhados (exceto Iggy, que lembra mais aquela cobrinha dos jogos de celular do que um lagarto...) e simpáticos. Os cenários são um tanto estilizados demais e alguns que aparecem no decorrer do jogo são francamente esquisitos... ok... alguns são feios mesmo, em especial o level 16... Seria melhor eles terem mantido a estética "jardim de infância" em todas as telas.

   Uma curiosidade é que o design do jogo ficou a cargo de Yoji Ishii, que fazia parte do time que desenvolveu "Sonic The Hedgehog". O passarinho Flicky foi reaproveitado em vários jogos da franquia "Sonic", em papéis menores.

O som é mediano. Repetitivo é o melhor adjetivo para ele. A única música do jogo não é ruim, mas torna-se enjoativa depois de algum tempo. Os efeitos sonoros são bem simples.



Dificuldade e diversão


O nível de dificuldade não é alto. É um típico jogo centrado na prática e na tentativa-e-erro. Algo que depõe contra o jogo é que ele não tem final- após o nível 48, o jogo passa a se repetir numa escala crescente de dificuldade... Algo tão atari em plenos 16 bits? Decepcionante para jogadores hardcore, que tem como motivação básica chegar ao final e assistir as telas e animações de encerramento.

No geral, um jogo divertido. Provavelmente nunca será um dos seus "top 10 favoritos", mas mesmo assim pode render alguns bons momentos de diversão.


NOTA:6,0


P.S1: O jogo saiu em várias coletâneas e está disponível para o Virtual Console, além de figurar entre os 20 jogos do MD Play, o Mega Drive Portátil da Tec Toy.



P.S 2: até o momento, meu recorde foi chegar ao level 30.

3 comentários:

  1. Interessante... Eu sou obviamente muito ruim, pois, apesar de não me lembrar do meu level máximo, sei que nunca vi o tal lagarto (imagino que ele deve aparecer mais adiante). Joguei Flicky na coletânea Genesis para PS3...

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  2. O lagarto Iggy aparece a partir do Level 10, pelo menos na versão do Mega Drive/ Genesis.

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